Existe em Vila Verde um fontanário público (fontanário que figura no brasão da freguesia) que, há muitos anos, quando esta freguesia ainda não dispunha de água ao domicílio, era o local onde os habitantes se abasteciam do precioso líquido, transportando-o em cântaros de barro que serviam também para a sua guarda. Além disso, porque situado junto da estrada Real que era também Caminho de Santiago, o dito fontanário era ponto de paragem obrigatório de quantos por ali passavam, para matar a sede. Como nesse tempo os transportes de pessoas e mercadorias eram feitos em carros puxados por cavalos ou bois, tinha o mesmo acoplada uma espécie de tanque, para onde era conduzida a água que da torneira escorria, onde bebiam as bestas. Acerca deste fontanário diz e lenda que, “ as pessoas que para Vila Verde viessem, trabalhar, gozar férias, visitar amigos ou parentes, etc, se bebessem da sua água, não mais sairiam daqui! ”. Embora se trate apenas de uma lenda, o facto é que houve inúmeros casos de pessoas que, sem terem essa intenção, aqui se fixaram, talvez mais rendidos às belezas da terra que à qualidade da água, pese embora o facto de aquela ser efetivamente uma água de muito boa qualidade.